Por que criar um mecanismo de mediação na sua empresa familiar?

Em meio aos desafios únicos das empresas familiares, onde a relação familiar e os objetivos corporativos se entrelaçam, a mediação emerge como um pilar fundamental.

Entendo que as divergências, quando não geridas com habilidade, podem corroer a coesão e a eficácia operacional, desencadeando a desintegração não só do negócio, mas também da harmonia familiar.

É por isso que defendo um mecanismo de mediação bem delineado, que seja uma diretriz de ação, e não apenas um documento formal. Uma política que preserve os relacionamentos ao mesmo tempo em que garante a continuidade do negócio.

Uma sugestão, é implementar um sistema onde a mediação é a ferramenta preferencial para resolver qualquer tipo de divergência.

Com um olhar estratégico para o futuro, eu incentivo a criação de um ambiente onde as queixas são tratadas de maneira proativa, antes que se intensifiquem, estabelecendo um processo claro e estruturado para a comunicação e resolução de conflitos.

O formato do sistema de mediação depende da estrutura de cada empresa familiar, sendo recomendável, para as questões mais sensíveis ou complexas, sempre ter um profissional especializado em negociação, garantido a imparcialidade e a aplicação das melhores técnicas.

Um sistema de mediação eficaz não só economiza recursos que poderiam ser consumidos em litígios, mas também em algo inestimável: o tempo. Tempo que pode ser melhor investido no crescimento e na inovação do negócio. E mais do que isso, a cultura de pacificação proporciona um contínuo aprendizado, adaptação, evitando a repetição de erros do passado.

Por isso, no meu papel de advogada e conselheira, trabalho para que as empresas familiares adotem mecanismo de mediação não só para resolver disputas, mas também para que seja um instrumento de transformação, pavimentando o caminho para um legado duradouro, próspero e harmonioso.

Nady Dequech